domingo, 22 de dezembro de 2013

Sherlock S03 E01 The Empty Hearse – Ante estreia – A opinião do site Sherlockology

Como sabem, no dia 15 de dezembro foi a ante estreia de The Empty Hearse no BFI Southbank, em Londres, para alguns fãs sortudos que conseguiram comprar bilhete nos curtos minutos antes de estes esgotarem.

Infelizmente, a opinião dos espectadores presentes neste evento, sobre o episódio, foi quase eclipsada pelo ultraje geral causado pela fraca orientação da sessão de perguntas e respostas. 


Era suposto que a moderadora, Caitlin Moran, preparasse um conjunto de questões propícias a uma discussão livre de spoilers com os atores e criadores da série. No entanto, em vez de se dar a esse trabalho, Moran tomou uma decisão que, provavelmente, lhe custou a carreira, ao fazer o ator Benedict Cumberbtach (Sherlock Holmes em Sherlock) ler uma “Johnlock fanfiction” ou “slash fanfiction”.
Ao desconforto desta situação, juntou-se o facto de Caitlin Moran ter tentado ridicularizar não só o texto em si, como a autora (a qual não tinha conhecimento, muito menos tinha dado permissão, para a sua história ser utilizada), como todos os escritores e leitores do género e, por extensão, todos os fãs da série que produziram, em algum momento, uma qualquer forma de arte inspirada na série. :S  


Mas, ignorando este infeliz tema rico em indignação, o site Sherlockology escreveu uma crítica excelente do episódio, que traduzo em seguida:   

“Em primeiro lugar, o mais importante.
Nós não vos vamos dizer como ele sobreviveu À Queda.
Descansem, isso é-nos dito.

Se vão ficar satisfeitos? Sim. Nós achamos que sim. 
Com isso, pondo de parte o mais crítico e antecipado elemento de todo o episódio, podemos finalmente começar.
Tratando-se de um regresso triunfante, este é um episódio peculiar de Sherlock, diferente de tudo o que vimos antes. O enfâse é focado, não tanto num caso – apesar de que esse se desenvolve agradavelmente de uma forma que não descrevermos aqui – mas nas consequências emocionais resultantes do regresso de um melhor amigo dos mortos. De facto, o episódio poderia ser alternativamente intitulado de O Longo Reencontro, com os simples temas da necessidade do perdão e o reconquistar da confiança de alguém, profundamente incrustados em todo o episódio.  
Isto pode parecer um tema muito pesado mas, na realidade, não é. O Carro Fúnebre Vazio está impregnado de comédia hilariante, narração perversa e sábia, enormes surpresas, adoráveis piadas internas e ação excitante, tudo isto enquanto somos levados a sítios de Londres que nunca tínhamos visto antes na série. Mas é também altamente marcado pelo instante em que Sherlock Holmes e John Watson se encontram novamente frente a frente, naquele singular e arrepiante momento, uma cena que muda fluidamente de tom em segundos graças às excelentes performances dos dois atores principais, e que, certamente, não desaponta. 
É o momento que conduz tudo o resto no episódio, um toque de realismo emocional que estava, provavelmente, a faltar no conto original de Doyle e, assim, o foco está nas personagens e na sua reação ao regresso de Sherlock Holmes a um mundo que seguiu em frente sem ele.

É desnecessário dizer que as performances que suportam todo este material são brilhantes. Benedict Cumberbatch começa muito como esperaríamos, mas acaba por trazer um grau de amenidade ao seu Sherlock assim que a gravidade daquilo que fez se torna realmente óbvia. Martin Freeman infunde um elemento expandido de dor no seu John – apesar de isso ser, por sua vez, contrariado pelo calor da performance de Amanda Abbington como Mary Morstan, a qual desliza naturalmente no grupo e nas vidas das duas personagens principais. Mary não interfere nem, de todo, distrai da dinâmica de Sherlock e John neste primeiro episódio, compreendendo instantaneamente tanto a importância do detetive para o homem danificado que ela ama, como ganhando o respeito de Holmes com facilidade. Se algo, ela acrescenta uma nova ruga à série, dando-lhe uma camada adicional de balanço que irá, certamente, levar-nos a alguns momentos interessantes nos próximos dois episódios. 
E, evitando detalhes explícitos, as personagens secundárias têm muito que fazer. Um Mycroft mais proactivo de Mark Gatiss – exibindo um grande nível de controlo verbal com o seu irmão mais novo, numa cena que sobressai por se tratar de uma referência a uma conversa de uma das temporadas anteriores; um enorme tempo de ecrã para a Molly de Louise Brealey; alguma linguagem inapropriada por parte do Lestrade de Rupert Graves; um coração inicialmente gelado que depois derrete numa ternura radiante por parte da Mrs Hudson de Una Stubbs; e um papel totalmente surpreendente do Anderson de Jonathan Aris.

Este é também um episódio visualmente resplandecente para se ver, com Jeremy Lovering a dar-nos uma realização que é simultaneamente altamente cinematográfica e muito íntima. Os momentos humanos brilham claramente junto dos surpreendentes efeitos especiais, que não estariam deslocados num filme de cinema. A banda sonora de David Arnold e Michael Price está elevada além das proporções, com a orquestra a imprimir ao tema principal de abertura do episódio uma qualidade épica que nunca tínhamos ouvido antes, bem como excitantes novos temas que irão, sem dúvida, continuar a ser desenvolvidos ao longo da temporada. E, tal como provavelmente já deixámos claro, a escrita de Mark Gatiss vai além do inteligente, é a base para não só satisfazer como desafiar as espectativas na forma como os acontecimentos decorrem e como os elementos do canon são colocados. 
Como sempre, nunca acreditem que, por terem lido as histórias originais, sabem como as coisas vão ser.

Sherlock nunca foi uma série que precisasse de alterações, mas é uma série que está espontânea e constantemente a melhorar-se em novas direções. Com O Carro Fúnebre Vazio, a dinâmica é a mesma mas diferente, uma moeda de duas caras que continua a rodar alegremente durante todo o episódio sem nunca cair em nenhum dos lados. A probabilidade de momentos chocantes de levar a mão à boca é alta, a probabilidade de enormes gargalhadas ainda maior. Mas a maior coisa que podemos dizer é que Sherlock está de volta.
No fim, como ele o conseguiu é, talvez, irrelevante, mas há duas palavras que nunca foram mais verdadeiras na conclusão deste brilhante, surpreendente primeiro episódio da terceira temporada.

Sherlock vive.”

Mm, parece que promete, hã?
Digam o que acharam desta crítica e o que esperam deste episódio nos comentários desta mensagem!
PHS.

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